domingo, 25 de janeiro de 2015


Saliza Costa Pedroso, Professora/Pedagoga/.
Esp.Neuropsicologia e aprendizagem
Cel: (41) 96647081
salipedroso@hotmail.com
http://professorasaliza.blogspot.com.
A aprendizagem e seus caminhos
A aprendizagem, faz parte do ser humano, e ela está presente na nossa vida, ou seja podemos aprender a vida inteira de diferentes formas e maneiras.
O processo de aprendizagem começa acontecer no momento da formação sistema nervoso central, em seguida, consequentemente o aprendizado escolar faz parte dessa história. 
Hoje compreendemos que o ato de aprender depende do sistema nervoso central, desde seus aspectos estruturais, anatômicos, como também os diferentes estilos de aprendizagem que estão diretamente ligados ao sistema nervoso central. Os estilos são:
a) Visual
Acontece por meio da observação, ativa mais o lobo occipital (visão). A criança com esse estilo de aprendizagem desenvolve habilidades como ler, fazer resumos e tem uma grande facilidade com mapas, além disso, sua ortografia é muito boa.
b) Auditivo
 Acontece por meio de explicações orais (córtex auditivo), a criança com esse estilo tem facilidade com as palavras, gosta de música, possui uma boa memória auditiva e tem facilidade em lembrar nomes. Utiliza com mais frenquencia  o hemisfério direito para  compreensão musical   e reconhecimento de pessoas. Porém essa criança pode apresentar dificuldades ortográficas.
c) Cinestésico
 A aprendizagem acontece por meio de atividades físicas e manipulação, são geralmente
curiosos, lembram as impressões gerais e não os detalhes.
 A criança com esse estilo tem tendência erros em relação á ortografia. As explicações com recursos visuais e auditivos não despertam nenhum interesse á ela.
   Apesar dos estilos existem crianças que desenvolvem o visual, auditivo e cinestésico, ou somente dois dos três estilos, cada criança tem o seu, e todos os estilos de aprendizagem estão diretamente ligado ao sistema nervoso central.
O outro exemplo que nos mostra que SNC é responsável pela aprendizagem é processo alfabetização que acontece em duas áreas primordiais, a primeira área de Broca (produção da fala articulada) que está localizada no lobo frontal a segunda área de Wernicke (compreensão da fala)  se localiza no lobo temporal, além disso a alfabetização está associada ao visual, auditivo, parietal e a escrita que esta interligada ao cerebelo .  
As etapas cognitivas também interferem na aprendizagem.
a) Percepção: recebe a informação fornecendo o significado.
b) Memória: registra essa informação. Existe a memória temporária e memória de trabalho que é responsável em tempo real. A consolidação da memória acontece no lobo temporal e no hipocampo, atuação dela nessas duas áreas facilita o reconhecimento das informações importantes.
c) Funções executivas: processa os elementos da informação, pois são habilidades que permitem o conjunto de ações voluntárias guiadas para metas intelectuais e emocionais. Essa função está  interligada ao córtex pré frontal, dependendo assim do amadurecimento e do estímulo que recebe, podemos dizer que esta  função esta ligada as estratégias pedagógicas para aprendizagem.
d) Funções expressivas: resposta.
Assim podemos concluir que a aprendizagem possui diversos caminhos e maneiras e que o cognitivo, afetivo e o motor interferem sim na aprendizagem juntamente com sistema nervoso central.
 Dislexia 
 Hoje sabemos que a leitura e escrita são fundamentais para a aprendizagem e que ambas envolve um processo complexo, como: a linguagem escrita as diversas memórias, a organização motora, assim como também a mental. Podemos dizer também que a leitura e escrita dependem da motivação, maturação neurológica, instrução e prática.
 Para compreendermos o processo da leitura devemos entender o conceito neural desse acontecimento.  a) Acontece o processo visual de toda a palavra. b) Ocorre o processamento ortográfico lexical (que envolve o córtex temporal, frontal e pariental,todos localizados nos hemisférios cerebrais). c) Acontecimento fonológico lexical ocorre no giro temporal, em seguida o sublexical e por último o processo semântico. Nesse processo participam as principais áreas anatômicas da linguagem: a) Área de Broca, área Brodmann que são responsáveis por o planejamento oral e motor da linguagem. b) Área de Wernicke que se localiza no lobo temporal (o lobo temporal é sensitivo e possui diversas funções:olfato, memória, social e as informações auditivas) . c) Lobo frontal realiza diversas funções entre elas: planejamento da fala “área de Broca”, controle de humor, movimento do corpo. Na criança esse lobo só completa a sua maturação por de seis e sete anos. d) Existem outros pontos importantes para escrita e leitura entre eles: circunvolução supramarginal (lobo pariental que é sensitivo). e) Fascículo arqueado que liga área de Broca e Wernicke. f) Circunvolução angular também conhecida como prega curva que á área 39 Brodmann.
 Aprender a ler não é processo isolado, mas sim complexo, pois envolve diversas áreas do encéfalo. Quando a criança realiza essa atividade, ela processa informações auditivas, visuais, fala concentração, identificação das letras (giro frontal inferior, parietotemporal e occipitotemporal).
 Sabemos que ler e escrever são atividades fundamentais para vida escolar, quando esse processo apresenta alguma falha, devemos ficar atento, pois elas podem ocorrer de diversas maneiras, acompanhadas pedagógico, emocional e principalmente o neurológico. Dentro da disfunção neurológica a mais comum é a dislexia. 
 Dislexia se caracteriza pelo comprometimento de desenvolvimento de habilidade de palavras e compreensão da leitura (DSM-IV). Diferente do que muitos pensam a dislexia é um distúrbio neurológico que muitas vezes é diagnosticada em pessoas adultas e crianças com potencial intelectual normal.
 A dislexia interfere na escrita e na leitura, existem várias pessoas que são disléxicas e tem uma vida normal, pois o tratamento é educacional (reeducação da linguagem escrita), mas o diagnóstico é clínico. 
 Por esse motivo quando uma criança apresenta alguma falha no inicio de sua alfabetização, devemos verificar as origens desse acontecimento, para que não ocorra marginalização ou até mesmo a desmotivação pela busca do conhecimento, pois um dos mais famosos gênios da nossa história Albert Einstein era disléxico, ele sofreu no início de sua vida acadêmica, não vamos cometer esses erros que podem trazer grandes prejuízos para o nosso futuro, vamos refletir se Einstein fosse estimulado desde criança imagina o quanto mais ele teria feito. “Quando leio, somente escuto o que estou lendo e sou incapaz de lembrar da imagem visual da palavra escrita” (Albert Einstein)
 A importância da estimulação do bebê para a aprendizagem
O cérebro é o órgão mais importante para aprendizagem e também o mais bem evoluído do ser humano. Seu peso quando adulto é de 1,3 até 1,6 Kg, e nele que acontece todas as sinapses e por ele que passa todas as etapas da aprendizagem.
Na primeira infância (zero a três anos) ainda os neurônios não estão ligados em rede, porém possuem esta habilidade. Conforme os estímulos que a criança recebe, começa acontecer á formação da primeira rede neural.
Esses estímulos devem acontecer no desenvolvimento motor conhecido como craniocaudal (ocorre de cima para baixo) exemplo: firmamento da cabeça, firmamento da cintura e o engatinhar, porém sempre ficar atentos e tomar os devidos cuidados para não machucar o bebê.
Desenvolvimento da linguagem acontece primeiramente com o choro da criança, depois desse momento encontramos algumas fases como os primeiros sons que geralmente é uma vogal conhecida como AAAA, nos meses seguintes o bebê já consegue falar (imitar) algumas sílabas e assim inicia a sua rede neural para a aprendizagem da fala. Estímulos fundamentais para essa etapa: músicas, conversas e a própria contação de história, lembrando que a curiosidade ingênua é fundamental para a aprendizagem. Durante os primeiros quatro meses de vida o bebê deve sim receber estímulos, como se a consciência cognitiva tivesse aprendendo com o inconsciente, nesses meses em que os processos cerebrais estão se formando, o bebê precisa do maior número possível de estímulos e também deve passar por diversas experiências, contribuindo para novas aprendizagens. 
A curiosidade é vital ao ser humano, pois somos curiosos por natureza. O bebê deseja explicar ambiente, um comportamento inato, pois tem necessidades cognitivas.
Não existe nada pior para criança do que o tédio, a ausência de estímulo gera inquietude, isso que dizer que a criança necessita de novas experiências. 
Esse tédio tortura as crianças, e não apenas as maiores que são capazes de falar, mas também os bebês. A curiosidade ingênua é vital assim como a liberdade de pesquisar, descobrir novas sensações e sentimentos para aprendizagem. 
O bebê descobre os movimentos e a mobilidade dos dedos, da mão, dos braços e das pernas, ele sente o toque, o frio e o calor. Essas novas experiências despertam interesse, ele estará feliz e a sua curiosidade aumentará cada vez mais.
As crianças muito aprendem depressa e acostuma-se às brincadeiras já conhecidas, rapidamente perdendo o interesse inicial. Não devemos somente dar à criança um brinquedo que logo conheça a cor e forma, devemos mostrar-lhe novas possibilidade de entretenimento com ele,
despertando a criatividade. Além disso, a curiosidade dever ser estimulada sempre, pois ela gera aprendizagem, diferente que muitas pessoas pensam quando somos bebê aprendemos com muita facilidade, pois estamos iniciando as nossas redes neurais, inclusive o gosto da leitura deve ser estimulada ainda quando bebê.

Saliza Costa Pedroso, Professora/Pedagoga/.
Esp.Neuropsicologia e aprendizagem

Cel: (41) 96647081
salipedroso@hotmail.com aprendizagemneuropsicologia@outlook.com
 Dificuldades que devem ser investigadas no primeiro ano do Ensino Fundamental I

Aprender a ler não é processo isolado, mas sim complexo, pois envolve diversas áreas do encéfalo. Quando a criança realiza essa atividade, ela processa informações auditivas, visuais, fala concentração, identificação das letras (giro frontal inferior, parietotemporal e occipitotemporal).
 Sabemos que ler e escrever são atividades fundamentais para vida escolar, quando esse processo apresenta alguma falha, devemos ficar atento, pois elas podem ocorrer de diversas maneiras, acompanhadas pedagógico, emocional e principalmente o neurológico. Dentro da disfunção neurológica a mais comum é a dislexia. 
 Dislexia se caracteriza pelo comprometimento de desenvolvimento de habilidade de palavras e compreensão da leitura (DSM-IV). Diferente do que muitos pensam a dislexia é um distúrbio neurológico que muitas vezes é diagnosticada em pessoas adultas e crianças com potencial intelectual normal.
 A dislexia interfere na escrita e na leitura, existem várias pessoas que são disléxicas e tem uma vida normal, pois o tratamento é educacional (reeducação da linguagem escrita), mas o diagnóstico é clínico. 
Dentro de Matemática encontramos: Acalculia é perde de executar raciocínio aritmético assim como também de resolver cálculos, ela é causada por lesões nos hemisférios cerebrais.
Discalculia é um distúrbio neurológico que afeta a nossa relação com os números e os conceitos matemáticos, apresentado dificuldades especificas. Essas aparecem de diversas maneiras: leitura de termos, símbolos, quantidades, números, comparação, compreensão de conceitos
matemáticos, execução de cálculos e operações numéricas.
As causas de dificuldade em relação à matemática podem ser:
a) Neurológica, dentro desse quadro podemos classificar: 1) Acalculia e discalculia.
(2) Epilepsia, TDAH, disfasia, dislexia, síndrome de Turner, síndrome do x frágil e também outras causas neurológicas.
b) A não neurológica: fatores sociais, emocionais e escolares.
 Porém qualquer que seja a causa da dificuldade deve - se procurar ajuda especializada, nunca tirar conclusões precipitadas.
Também não podemos simplesmente fechar os olhos para as dificuldades de aprendizagem e querer tampar o sal com a peneira, elas existem e devem ser levadas a sério.

Conhecendo um pouco do TDA-H (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) 

Conforme OMS, o TDA-H afeta 5% da população mundial, é algo que deve ser levado muito a sério, não podemos fingir que ele não existe, pois essas crianças necessitam de apoio e compreensão e principalmente do tratamento correto.

              A criança com TDA-H (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), necessita de acompanhamento pedagógico um pouco mais especializado, isso não quer dizer que ela não vai aprender, pelo contrário ela vai aprender e muito, porém no tempo dela e com os cuidados necessários tanto pedagógico como o psicológico. 

            TDA-H (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) é um transtorno classificado como neurobiológico, porém ainda não sabemos especificamente as causas. O diagnóstico do TDA-H é clinico e está baseado no questionário DSM-IV e deve ser realizado somente por psiquiatra, neurologista ou neuropediatra.

 Os profissionais que auxiliam no tratamento e na aprendizagem do TDA-H são: neurologistas, psiquiatras, fonoaudiólogos, psicólogos, pedagogos, psicopedagogos, neuropsicólogos, terapeutas ocupacionais e professores com especialização.

 Hoje muitos professores estão trabalhando com crianças com TDA-H, sabemos que não é um trabalho fácil, mas precisamos buscar técnicas e soluções para esse desafio, temos que incluir essas crianças em um ambiente escolar “sala de aula”, não podemos simplesmente ignorar ou excluir, pois assim estaremos cometendo um terrível engano, pois muitas delas são extremamente inteligentes e todas extraordinárias.

 Algumas dicas para auxiliar pessoas que convivem com crianças com TDA-H:

* Organização é fundamental, crie uma rotina diária para criança;

* Trabalhe bastante a questão de repetição (lembrando sempre das nossas redes neurais);

* Ensine a própria criança organizar o seu material escolar;

* Trabalhar muito a questão de regras e combinados;

* Muito cuidado para que a criança não seja o centro das atenções;

* Elogiar e confiar, mostrar para ela que é capaz;

* Reduza o período de televisão e computador, brinque mais com a criança;

* Deixar a criança auxiliar em algumas tarefas da casa e também em sala de aula (responsabilidade e confiança);

* Nunca fale palavras, como você é burro ou bobo;

* Estimule a leitura (pedir para que a criança leia em voz alta sempre que possível)

* Em sala de aula, o professor deve sempre avaliar a qualidade e não a quantidade;

* Reconheça sempre o esforço da criança;

* Trabalhe sempre as regras de conduta;

* Trabalhar com antecedência o emocional da criança quando houver mudança de rotina.

 Crianças com TDA-H são incríveis, ensinam muito sobre a vida, não deixe que o modismo crie um preconceito em você.

 

Saliza Costa Pedroso, Professora/Pedagoga/.
Esp.Neuropsicologia e aprendizagem
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