domingo, 6 de novembro de 2011

http://www.youtube.com/watch?v=_OsYdePR1IU
http://www.youtube.com/watch?v=_OsYdePR1IU
Havia um aluno muito agressivo e inquieto naquela escola. Ele perturbava a classe e arrumava freqüentes confusões com os colegas. Era insolente e desacatava a todos.
Repetia os mesmos erros com freqüência. Parecia incorrigível. Os professores não mais o suportavam. Cogitaram até mesmo de expulsá-lo do colégio.
Antes disso, porém, entrou em cena um professor que resolveu investir naquele aluno.
Todos achavam que era perda de tempo, afinal, o jovem era um caso perdido.
Mesmo não tendo apoio de seus colegas, o professor começou a conversar com aquele jovem nos intervalos das aulas. No início era apenas um monólogo, só o professor falava.
Aos poucos, ele começou a envolver o aluno com suas próprias histórias de vida e com suas brincadeiras.
De modo gradativo, professor e aluno construíram uma ponte entre seus mundos. O professor descobriu que o pai do rapaz era alcoólatra e espancava o garoto e sua mãe.
Compreendeu que o jovem, aparentemente insensível, já tinha chorado muito e, agora, suas lágrimas pareciam ter secado.
Entendeu que sua agressividade era uma reação desesperada de quem pedia ajuda. Só que ninguém, até então, havia decifrado sua linguagem. Era mais fácil julgá-lo do que entendê-lo.
O sofrimento da mãe e a violência do pai produziram zonas de conflito na memória do rapaz.
Sua agressividade era um eco da violência que recebia. Ele não era réu, era vítima. Seu mundo emocional não tinha cores. Não lhe haviam dado o direito de brincar, de sorrir e de ver a vida com confiança.
Agora estava perdendo também o direito de estudar, de ter a única chance de progredir.
Estava para ser expulso do colégio. Ao tomar consciência da real situação, o professor começou a conquistá-lo.
O jovem sentiu-se querido, apoiado e valorizado, pela primeira vez na vida. O professor passou a educar-lhe as emoções.
Ele percebeu, logo nos primeiros dias, que por trás de cada aluno arredio, de cada jovem agressivo, há uma criança que precisa de afeto.
Em poucas semanas todos estavam espantados com a mudança ocorrida.
O rapaz revoltado começou a demonstrar respeito pelos outros.
Abandonou sua agressividade e passou a ser afetivo. Cresceu e tornou-se um aluno extraordinário. Tudo isso porque alguém não desistiu dele.

Professores ou pais, todos queremos educar jovens dóceis e receptivos. Queremos ver brotar diante de nossos olhos as sementes que semeamos.
No entanto, são os jovens que nos desapontam, que testam nossa qualidade de educadores.
São filhos complicados que testam a grandeza do amor dos pais. São os alunos insuportáveis que testam a capacidade de humanismo dos mestres.
Pais brilhantes e professores fascinantes não desistem dos jovens, mesmo que eles causem frustração e não lhes dêem o retorno imediatamente esperado.
Paciência é o segredo. A educação do afeto é a meta. Os alunos que mais decepcionam hoje poderão ser aqueles que mais alegrias nos trarão no futuro.
Basta investir tempo e dedicação a eles.Pense nisso.
Postado por ÂNGELO
<b>http://almadeeducador.blogspot.com/2007/09/o-aluno-agressivo-e-o-professor.html

sábado, 5 de novembro de 2011

Leia com atenção

Sobre uma Professora


Relata a Sra. Teresa, que no seu primeiro dia de aula parou em frente aos seus alunos da quinta série primária e como todos os demais professores, lhes disse que gostava de todos por igual.
No entanto, ela sabia que isto era quase impossível, já que na primeira
fila estava sentado um pequeno garoto chamado Ricardo.
A professora havia observado que ele não se dava bem com os colegas de classe e muitas vezes suas roupas estavam sujas e cheiravam mal.
Houve até momentos em que ela sentia prazer em lhe dar notas vermelhas ao corrigir suas provas e trabalhos.
Ao iniciar o ano letivo, era solicitado a cada professor que lesse com
atenção a ficha escolar dos alunos, para tomar conhecimento das anotações feitas em cada ano.
A Sra. Teresa deixou a ficha de Ricardo por último. Mas quando a leu foi
grande a sua surpresa.
A professora do primeiro ano escolar de Ricardo havia anotado o seguinte: Ricardo é um menino brilhante e simpático.
Seus trabalhos sempre estão em ordem e muito nítidos.
Tem bons modos e é muito agradável estar perto dele.
A professora do segundo ano escreveu:
Ricardo é um aluno excelente e muito querido por seus colegas, mas tem estado preocupado com sua mãe, que está com uma doença grave e desenganada pelos médicos.
A vida em seu lar deve estar sendo muito difícil.
Da professora do terceiro ano constava a anotação seguinte:
A morte de sua mãe foi um golpe muito duro para Ricardo.
Ele procura fazer o melhor, mas seu pai não tem nenhum interesse e logo sua vida será prejudicada se ninguém tomar providências para ajudá-lo.
A professora do quarto ano escreveu:
Ricardo anda muito distraído e não mostra interesse algum pelos estudos. Tem poucos amigos e muitas vezes dorme na sala de aula.
A Sra. Tereza se deu conta do problema e ficou terrivelmente envergonhada. Sentiu-se ainda pior quando lembrou dos presentes de Natal que os alunos lhe haviam dado, envoltos em papéis coloridos, exceto o de Ricardo, que estava enrolado num papel marrom de supermercado.
Lembra-se de que abriu o pacote com tristeza, enquanto os outros garotos riam ao ver uma pulseira faltando algumas pedras e um vidro de perfume pela metade.
Apesar das piadas ela disse que o presente era precioso e pôs a pulseira no braço e um pouco de perfume sobre a mão.
Naquela ocasião, Ricardo ficou um pouco mais de tempo na escola do que o de costume. Lembrou-se ainda, que Ricardo lhe disse que ela estava cheirosa como sua mãe.
Naquele dia, depois que todos se foram, a professora Tereza chorou por longo tempo...
Em seguida, decidiu-se a mudar sua maneira de ensinar e passou a dar mais atenção aos seus alunos, especialmente a Ricardo.
Com o passar do tempo ela notou que o garoto só melhorava.
E quanto mais ela lhe dava carinho e atenção, mais ele se animava.
Ao finalizar o ano letivo, Ricardo saiu como o melhor da classe.
Um ano mais tarde a Sra. Tereza recebeu uma notícia em que Ricardo lhe dizia que ela era a melhor professora que teve na vida.
Seis anos depois, recebeu outra carta de Ricardo contando que havia
concluído o segundo grau e que ela continuava sendo a melhor professora que tivera.
As notícias se repetiram até que um dia, ela recebeu uma carta assinada pelo Dr. Ricardo Stoddard, seu antigo aluno, mais conhecido como Ricardo.
Mas a história não terminou aqui.
A Sra. Tereza recebeu outra carta, em que Ricardo a convidava para seu casamento e noticiava a morte de seu pai.
Ela aceitou o convite e no dia do casamento, estava usando a pulseira que ganhou de Ricardo anos antes, e também o perfume.
Quando os dois se encontraram, abraçaram-se por longo tempo e Ricardo lhe disse ao ouvido:
- "Obrigado por acreditar em mim e me fazer sentir importante,
demonstrando-me que posso fazer a diferença."
Mas ela, com os olhos banhados em pranto sussurrou baixinho:
- "Você está enganado! Foi você quem me ensinou que eu podia fazer a
diferença, afinal eu não sabia ensinar até que o conheci."
Mais do que ensinar a ler e escrever, explicar matemática e outras
matérias, é preciso ouvir os apelos silenciosos que ecoam na alma do
educando.
Mais do que avaliar provas e dar notas, é importante ensinar com amor,
mostrando que sempre é possível fazer a diferença...
(Autoria Desconhecida)

Site Mulher Natural
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Desenvolvido por Ana Lúcia Perri Barros


sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Oração do professor - Gabriel Chalita

'Senhor, tu me conheces.Sabes onde nasci, sabes de onde venho. Sabes quem sou.Conheces minha profissão: Sou professor.Desde criança, tinha em mim um imenso desejo de ensinar. Queria partilhar vida, sonhos. Queria brincar de reger. Reger bonecos. Plantas. Reger as águas do mar que desde cedo aprendi a namorar.A todos ensinava, Senhor. Criava e recriava histórias para senti-las melhor, para reparti-las com quem quisesse ouvir. Eu era um professor.Fui crescendo e percebi o quanto o sonho era real. Queria ensinar mesmo. Estudei. Conclui o curso universitário.Hoje sou, de fato, um professor. Com diploma, certificado e emprego estável.Hoje não são bonecos que me ouvem, são crianças. Dependem tanto de mim. Do meu jeito. Do meu toque. Do meu olhar.São crianças ávidas de aprender. E de ensinar. Cada uma tem um nome. Uma história. Cada uma tem um ou mais medos. Traumas. Têm sonhos. Todas ela crianças queridas, sonham. E eu. Eu, Senhor, sou um gerenciador de sonhos. Sou um professor.Respeito todas as profissões. Cada uma tem seu valor, sua formosura. Mas todas elas nascem da minha. Ninguém é médico, advogado, dentista, doutor, sem antes passar pelo carinho, pela atenção, pelo amor de um professor.Obrigado Senhor.Escolhi a profissão certa. Escolhi a linda missão de partilhar.A partilho sonhos. Partilho medos.Tenho meus problemas. Sofro, choro, desiludo-me. Nem sempre dá certo o que programei. Erro muito. Aprendo errando, também.Mas de uma coisa estou certo: Sou inteiro. inteiro nas lagrimas e no sorriso. Inteiro no ensinar e no aprender. Sei que meus alunos precisam de mim. E eu preciso deles. E por isso somos tão especiais. E nesta nobre missão de educar, nossa humanidade se enriquece ainda mais.Sou professor. Com muito orgulho. Com muita humildade. Com muito amor. Sou professor!Amém!''