quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

O Autismo e o processo de aprendizagem
Nos últimos meses ouvimos muito sobre a inclusão do TEA nas escolas, porém para que ocorra essa inclusão aconteça devemos estar capacitados em todos os aspectos.
Sabemos que o autismo não é uma doença, mas, sim um distúrbio de desenvolvimento (neurodesenvolvimento que corresponde ao cérebro social) muito complexo, pois cada caso é algo único, uma criança é diferente da outra, mesmo com um perfil para classificação de TEA.
Para começarmos a compreender um pouco sobre Espectro Autista (TEA), devemos volta ao tempo, no ano de 1911 Bleuler utilizou pela primeira vez o termo “autismo” relacionando-o com a perda da realidade. Em seguida no ano 1943 Kanner descreveu em torno de 11 casos de crianças que também apresentavam as características que Bleuler relatou “perda do contato com a realidade”. Por volta de 1944 Asperger também descreve casos de crianças com o perfil semelhante na questão comunicação social “autismo”, porém como uma inteligência normal.
Crianças com Espectro Autista têm dificuldades na interação social, que pode se manifestar em diversas maneiras: dificuldade em atividades em grupo, isolamento social, comportamento social impróprio, pouco contato visual, e algumas crianças não desenvolvem habilidades de comunicação e possui uma linguagem imatura “ecolalia, prosódia anormal”.
O diagnóstico deve ser feito a partir do DSM-IV, ou DSM 5 que é o mais atual hoje, esse procedimento deve acontecer pelo neuropediatra. Podemos dizer que o autismo ocupa um dos primeiros lugares entre os distúrbios de desenvolvimento.
A criança com TEA ao nascer não possui diferença na questão do PC (perímetro cefálico), porém as análises morfométricas demonstram que na faixa etária que corresponde de dois aquatro anos de idade existe alguns casos que apresenta o PC maior que a média.
Em relação ao tratamento TEA podemos seguir: o tratamento farmacológico, intervenções de profissionais da educação e comportamentais assim como também o acompanhamento com fonoaudiólogo.
No farmacológico as medicações geralmente são neurolépticos, principalmente haloperidol, porém esses medicamentos são utilizados em casos intensos, em outros casos podem ser utilizados antipsicóticos atípico, risperidona, antidepressivos, seretonina, neuroestimulantes e inibidores.
Nas intervenções fonoaudiológicas encontramos diversas atividades para estimulação e o aumento de comunicação, principalmente a social, algumas técnicas são utilizadas: terapias com brinquedos, sistemas simbólicos visuais e a terapia como PECS é um trabalho intenso, mas deve ser feito por profissionais capacitados.
Na questão educacional encontramos atividades pedagógicas diferenciadas, que possuem objetivo de desenvolver a criança no intelectual e também cognitivo. Além disso, também contamos com alguns programas que trabalham especificamente a comunicação verbal e não verbal. Existem alguns programas mais específicos ainda como: ABA (Terapia de análise Aplicada de comportamento) e outros. Hoje no Brasil existem diversos profissionais buscando conhecer e compreender melhor Espectro Autista (TEA).
Toda a criança Autista tem o direito de aprender, e ela aprende sim tanto na teoria como na prática, só que no tempo e da maneira dela, com suas particularidades cabe a nós profissionais que trabalham com essas crianças fazer corretamente as intervenções necessárias, para que isso ocorra devemos nos capacitar.

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