A história da Educação no Brasil e os
fatores que influenciam para surgimento do Mobral e seu fracasso
Segundo
Alves (2003) ”Lamento dizer isto: tive poucos mestres que admirasse”. Muitas
vezes o professor é a referência para o aluno, pois ele que estimula autonomia,
auto-estima e auxilia a promover o
desenvolvimento integral .
Mas
educação nem sempre foi vista dessa forma ou maneira, os aspectos históricos da
educação, nos refletem a educação que vive hoje, pois o homem e feito do tempo
e se transforma com o tempo na sua vida pessoal e social e constrói a sua
cultura.
O
homem criou padrões de comportamentos e saberes, e educação é uma herança
cultural. Nas sociedades tribais a educação ocorria da seguinte forma, a
principal característica social era o animismo, o processo educacional ocorria
inicialmente com cerimônias inicias ou ritos, por exemplo: na tribo indígena,
para o menino passar para fase adulta ele deveria participar de um ritual, que
sempre envolvia a dor a tortura e a lei. Esta forma de educação se passava de
pai para filho e havia uma relação educativa para a sobrevivência da cultura. Esta
educação era informal se aprendia no
dia- dia, não era intencional.
No
tempo do feudalismo surge o absolutismo da igreja e a educação jesuíta, que tinha
como objetivo propagar a fé. A sua ação pedagógica era a uniformização da
educação, pois todos agiam iguais e eram totalmente dogmáticos. Essa educação
tinha como objetivo atingir os índios e torná-los escravos, uma educação que
negava toda história de povo.
Assim,
começa a abordagem tradicional, que tem como objetivo a transmissão de
conhecimentos através dos anos, um conteúdo totalmente especificado e negado a história
de vida do homem, uma abordagem que considerava a criança como miniatura,
negando assim a experiência de vida dela.
Nesta
abordagem tradicional o aluno é considerado um receptor passivo, onde tudo que
ele aprendeu fora de sala de aula não tem significado é a época da reprovação,
pois só se aceitava a reprodução de sala de aula. O professor era detentor do
conhecimento, autoritário e não permitia
o diálogo entre aluno e professor,pois considerava o aluno passivo e tábua rasa. Os conhecimentos eram totalmente fragmentados
onde não possui nenhuma significação para o aluno, pois não fazia relação com o
dia-dia do aluno e aprendizagem se tornava algo mnemônico, onde somente
valorizava a memória.
Com
esta prática pedagógica ocorreu muitas repetência e evasão escolar, pois os
alunos tinham pouco estímulo para aprendizagem. Isto afetou o processo de
alfabetização no Brasil, pois na década de 70 cria –se o primeiro supletivo que
se chamava Mobral, este movimento escolar comete o mesmo erro da escola
tradicional, nega a experiência de vida do aluno. Surge então o primeiro autor
progressista Paulo Freire que valoriza a leitura de mundo do aluno, pois
ensinar não é só fazer o aluno decorar, mas sim ampliar o seu contexto.
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