terça-feira, 18 de agosto de 2015


A história da Educação no Brasil e os fatores que influenciam para surgimento do Mobral e seu fracasso

Segundo Alves (2003) ”Lamento dizer isto: tive poucos mestres que admirasse”. Muitas vezes o professor é a referência para o aluno, pois ele que estimula autonomia, auto-estima e auxilia a  promover o desenvolvimento integral .

Mas educação nem sempre foi vista dessa forma ou maneira, os aspectos históricos da educação, nos refletem a educação que vive hoje, pois o homem e feito do tempo e se transforma com o tempo na sua vida pessoal e social e constrói a sua cultura.

O homem criou padrões de comportamentos e saberes, e educação é uma herança cultural. Nas sociedades tribais a educação ocorria da seguinte forma, a principal característica social era o animismo, o processo educacional ocorria inicialmente com cerimônias inicias ou ritos, por exemplo: na tribo indígena, para o menino passar para fase adulta ele deveria participar de um ritual, que sempre envolvia a dor a tortura e a lei. Esta forma de educação se passava de pai para filho e havia uma relação educativa para a sobrevivência da cultura. Esta educação era informal  se aprendia no dia- dia, não era intencional.

No tempo do feudalismo surge o absolutismo da igreja e a educação jesuíta, que tinha como objetivo propagar a fé. A sua ação pedagógica era a uniformização da educação, pois todos agiam iguais e eram totalmente dogmáticos. Essa educação tinha como objetivo atingir os índios e torná-los escravos, uma educação que negava toda história de povo.

Assim, começa a abordagem tradicional, que tem como objetivo a transmissão de conhecimentos através dos anos, um conteúdo totalmente especificado e negado a história de vida do homem, uma abordagem que considerava a criança como miniatura, negando assim a experiência de vida dela.

Nesta abordagem tradicional o aluno é considerado um receptor passivo, onde tudo que ele aprendeu fora de sala de aula não tem significado é a época da reprovação, pois só se aceitava a reprodução de sala de aula. O professor era detentor do conhecimento, autoritário  e não permitia o diálogo entre aluno e professor,pois considerava o aluno passivo e  tábua rasa. Os conhecimentos eram totalmente fragmentados onde não possui nenhuma significação para o aluno, pois não fazia relação com o dia-dia do aluno e aprendizagem se tornava algo mnemônico, onde somente valorizava a memória.

Com esta prática pedagógica ocorreu muitas repetência e evasão escolar, pois os alunos tinham pouco estímulo para aprendizagem. Isto afetou o processo de alfabetização no Brasil, pois na década de 70 cria –se o primeiro supletivo que se chamava Mobral, este movimento escolar comete o mesmo erro da escola tradicional, nega a experiência de vida do aluno. Surge então o primeiro autor progressista Paulo Freire que valoriza a leitura de mundo do aluno, pois ensinar não é só fazer o aluno decorar, mas sim ampliar o seu contexto.

 

 

 

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